EIXO 4 - Campus PARQUE MULTIESPÉCIES E PAISAGEM CULTURAL

LEIA OS CARTAZES E COMENTE NO BOTÃO CONSULTA PÚBLICA ONLINE, SE TIVER DÚVIDAS, LEIA O TEXTO DE APOIO LOGO ABAIXO

Índice

Material de apoio - Campus Parque Multiespécies e Paisagem Cultural

Índice - Material de apoio

Índice - Material de apoio

O Eixo 4 Campus Parque Multiespécies e Paisagem Cultural reconhece o papel e a importância do Campus como refúgio urbano, paisagem cultural e presença de patrimônio cultural e ambiental, oferta de espaços culturais para a comunidade USP e a cidade de São Paulo.

Este eixo procura estabelecer diretrizes que visam qualificar e melhorar as condições para a apropriação do Campus como Parque e sua Paisagem Cultural possa ocorrer sem conflitos ou impactos nas atividades que constituem o objeto  principal da universidade: ensino, pesquisa e extensão.

A diretriz de Uso Compartilhado do Campus traz orientações de como pode ocorrer o uso compartilhado do Campus como refúgio urbano. 

Além de como usar, há a preocupação em se definir ou não limites, descrevendo e orientando possíveis Perímetros. 

A Paisagem Cultural é referendada por uma diretriz que explicita os diversos potenciais e propõe as formas de estimular e viabilizar seus usos.

DIRETRIZ 4A - USO COMPARTILHADO DO CAMPUS

Definir de que maneira os espaços livres, reservas, edificações de interesse arquitetônico e acervo cultural devem ser usados e compartilhados pela comunidade uspiana e público externo, fortalecendo seu valor enquanto refúgio urbano. Esta diretriz se relaciona com a Diretriz  2CDestinação de Áreas Livres, e com a 4B – Perímetro.

JUSTIFICATIVA

  • O Campus ao longo dos anos se transformou em um Parque Urbano e refúgio de espécies de fauna e flora urbana, e carrega um vasto acervo cultural, ambiental e arquitetônico, o que possibilita vivências de lazer para os habitantes do município de São Paulo e para a comunidade USPiana. 
  • A inadequação da infraestrutura para esse fim e a falta de regulamentação das formas de uso e ocupação desse espaço geram conflitos entre os diferentes públicos e atores que o frequentam. 
  • A não regulação dificulta a sensibilização para uma maior consciência quanto à sustentabilidade ambiental e para uma melhor interação com a fauna e a flora urbana, como também em estabelecer responsabilidades e infraestrutura de apoio para as atividades de esporte, lazer e cultura. 
  • Há dificuldade em equilibrar as demandas por convivência, lazer e segurança, e as necessidades acadêmicas e de pesquisa.

CENÁRIO 1 - Campus aberto ao público em alguns horários

  1. Estabelecer horários (semanal e principalmente no fim de semana) para atividades (esporte, lazer e cultura) de amplo público no acesso a uma parte do Campus, respeitando as atividades fins de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação. 
  2. Prover de infraestrutura de apoio (sanitários, bebedouros, descarte de lixo, locais de descanso, wifi, energia, estacionamento) para usuários nos espaços livres e definir os usos permitidos, considerando aqueles espontâneos e flexíveis. (ver Mapa da Diretriz 2C- Destinação das Áreas Livres ).
  3. Adotar medidas de segurança patrimonial e de áreas de risco, salvaguardando acervos e protegendo usuários. 
  4. Regular os serviços oferecidos de apoio, como alimentação, assessoria esportiva, ambulantes, produção de eventos, venda de produtos de conveniência, com cobrança e sistema de cadastro e criação de um fundo diretamente para o Campus Parque. 
  5. Criar Gestão do Campus Parque específica para o Perímetro Parque que atenda as especificidades da infraestrutura de apoio, os contratos com prestadores de serviço e seu cadastro, que planeje a destinação dos recursos específicos (financeiros e humanos) para manutenção desta infraestrutura.

PONTOS PRÓ

  • O uso franqueado do Espaço Público do Campus Butantã em horários definidos colabora com a gestão de usos correlatos à universidade. 
  • Um espaço infraestruturado a todos os usuários diminui conflitos com a infraestrutura das Unidades. 
  • A prestação de serviços, com regulações baseadas em normativas de prestadores de serviço para o Estado de São Paulo, e o gerenciamento de  recursos para manutenção das áreas destinadas permitirão a organização e o apoio ao funcionamento do Campus como Parque Urbano.  
  • Otimiza o uso dos espaços livres, criando ambientes multifuncionais e maximizando o potencial de interação entre diferentes grupos. 

PONTOS CONTRA

  • Necessidade de ampliação de equipe de gestão e supervisão para segurança, limpeza e manutenção patrimonial. 
  • Criação de pontos de controle de acesso para permissão de livre trânsito de docentes, discentes e pesquisadores em horários não convencionais. 
  • Pode gerar conflitos de uso, com atividades de lazer e pesquisa competindo por espaço e criando tensões.

CENÁRIO 2 - Campus apenas para a Comunidade USP

  1. Restringir as atividades e espaços do Campus apenas para uso da Comunidade USPiana. 
  2. Prover de infraestrutura de apoio (sanitários, bebedouros, descarte de lixo, locais de descanso, wifi, energia, estacionamento) nos espaços livres. (Mapa da Diretriz 2CDestinação das Áreas Livres).
  3. Adotar medidas de segurança para as áreas de risco, salvaguardando acervos e protegendo usuários. 
  4. Regular os serviços oferecidos de apoio, como alimentação, assessoria esportiva, ambulantes, produção de eventos, venda de produtos de conveniência, com cobrança e sistema de cadastro e criação de um fundo diretamente para o Campus Parque. 

PONTOS PRÓ

  • Gestão facilitada, dirigida apenas à comunidade da USP. 
  • Reduz conflitos de uso entre os usuários USP e público externo.

PONTOS CONTRA

  • Controle detalhado de entrada e saída do Campus. 
  • Privilégio de acesso para as atividades acadêmicas.
  • Impedimento de tráfego de sistema de transporte público urbano, inclusive Metrô. 
  • Privação do público externo ao uso de espaço público. 
  • Cerceamento das atividades de extensão ligadas ao acervo cultural do Campus.
  • Burocratização de acesso aos eventos e bens culturais, além da criação de acesso restrito ao HU, ODONTO, IP e HVET.
  • Limita a interação entre diferentes grupos ao restringir o uso flexível dos espaços, reduzindo a possibilidade de inclusão e o dinamismo do Campus​.
  • Subutilização de espaço privilegiado para a educação ambiental.

DIRETRIZ 4B - PERÍMETRO

Definir um perímetro para o setor do Campus a ser compartilhado entre Comunidade USP e/ou usuários externos para atividades de Lazer, Cultura e Esporte junto aos Caminhos e Maciços Verdes, buscando conciliar com os espaços destinados à Pesquisa, Ensino e Extensão e Fluxo viário.

JUSTIFICATIVA

  • A falta de definição de perímetro para um setor das atividades, para desfrutar do Campus como um parque urbano, gera conflitos com as atividades-fins do Campus e também com os residentes. 
  • Há precariedade e ausência de equipamentos de apoio ao usuário interno ou externo, causando um conjunto de demandas por limpeza e gerando acesso às unidades para uso de sanitários, lixeiras e bebedouros não planejados. 
  • O Campus tem espaços de pesquisa, com seus laboratórios, que devem ser protegidos de usuários pela fragilidade ou pelo risco de seus experimentos. 
  • Demanda de apropriação e melhoria da relação dos usuários do Campus com a fauna e a flora, cursos d’água e o patrimônio arquitetônico, conforme apontou-se nas oficinas. 
  • O Campus também é um laboratório de soluções ecológicas e de cidadania e sua vivência enquanto tal tem papel educativo e formativo. 
  • Ausência de um perímetro que possa mitigar os conflitos entre usos e usuários distintos e que promova a convivência, melhorando a segurança dos usuários e da fauna e flora locais. 
  • Demanda para a Preservação dos Corredores Ecológicos entre os remanescentes florestais existentes no Campus e no Instituto Butantan. 
  • Necessidade de conciliar espaços de preservação com espaços destinados a atividades de convivência, lazer e esporte, sem comprometer o uso acadêmico e o fluxo viário​.

CENÁRIO 1 - Perímetro limitado

  1. Delimitar um perímetro no Campus Parque, preferencialmente na área da várzea.  Transformar o canal do Tejo e seu percurso em caminhos de lazer com água, qualificar os espaços da Praça do Relógio e a Av. da Universidade como pertencentes ao limite de Campus Parque, aberto ao público externo e Comunidade USP.
  2. Limitar o acesso de veículos particulares ao P1 e P2 nos finais de semana.
  3. Definir um ponto de encontro de roteiros para atividades assistidas de visitas às reservas florestais, Museus, Edifícios de valor arquitetônico e caminhadas etnobotânicas.
  4. Garantir acesso ao HU, ao HVet, ao IPEN por novo acesso P4 ou pelo P3. 
  5. Expandir as áreas de convivência e de apoio ao esporte ao longo dos caminhos e maciços verdes, especialmente junto à av. Professor Mello Moraes.
  6. Aumentar áreas vegetadas e restringir construções na várzea, área sujeita a alagamentos onde as soluções baseadas na natureza (SbNs) devem ser reforçadas
  7. Promover educação ambiental, com trilhas interpretativas, roteiros de caminhos que explorem o acervo ambiental, jardins sensoriais, para oferecer experiência interativa, acessível, conscientização ambiental e a conservação, inclusive dos cursos d’ água.
  8. Projetar sinalizações específicas (com Braille, etc), guias, QRCode em diálogo com o Projeto de Comunicação do Campus.

PONTOS PRÓ

  • O perímetro delimitado permite a proteção de Patrimônio e Usuários dos locais de risco.
  • Aumento de áreas vegetadas e menos construções na várzea melhoram e preservam a condição ambiental do perímetro e auxiliam no combate às mudanças climáticas.
  • Promove a integração com a natureza, incentivando o uso sustentável dos espaços verdes e a prática de atividades físicas, em setor definido que evita conflitos com espaços de ensino, pesquisa e extensão.
  • Protege residentes do Campus dos impactos gerados pelos usos de lazer e esporte em função de conflitos de horários e ruídos.
  • Promove a educação ambiental e o uso consciente do patrimônio ambiental de reservas e jardins
  • Contribui com locais de encontro e convivência junto ao acervo de áreas verdes.
  • Permite regenerar nascentes de água e cursos d’água tamponados ou poluídos, com propósito de melhorar a qualidade ambiental e educação
  • Promove o contato diverso e lúdico ao ar livre de espaço público.

PONTOS CONTRA

  • Aumento da pressão sobre áreas sensíveis, como reservas ambientais e nascentes, além de dificultar a manutenção e o controle desses espaços​.

CENÁRIO 2 - Perímetro é todo o Campus fechado ao público externo

  1. Definir o fechamento do Campus ao público externo nos finais de semana.
  2. Limitar o acesso de veículos particulares ao P1 e P2 nos finais de semana.
  3. Definir um ponto de encontro de roteiros para atividades assistidas de visitas a reservas florestais, Museus, Edifícios de valor arquitetônico e caminhadas etnobotânicas.
  4. Garantir acesso ao HU, ao HVet, ao IPEN por novo acesso P4 ou pelo P3. 
  5. Expandir áreas de convivência e de apoio ao esporte ao longo dos caminhos e maciços verdes, especialmente junto à Av. Professor Mello Moraes.
  6. Aumentar áreas vegetadas e restringir construções na várzea, área sujeita a alagamentos, onde as SbNs devem ser reforçadas
  7. Promover educação ambiental, com trilhas interpretativas, roteiros de caminhos que explorem o acervo ambiental, jardins sensoriais, para oferecer experiência interativa, acessível, conscientização ambiental e a conservação, inclusive dos cursos d’ água.
  8. Projetar sinalizações específicas (com Braille, etc), guias, QRCode em diálogo com o Projeto de Comunicação do Campus.

PONTOS PRÓ

  • Protege residentes do Campus de usos de lazer e esporte que geram conflitos de horários e ruídos nos finais de semana.

PONTOS CONTRA

  • A delimitação da área total do Campus como perímetro dificulta a proteção dos usuários dos locais de risco e dificulta a segurança patrimonial.
  • A não liberação ao público externo nos finais de semana gera segregação espacial, dificultando a acessibilidade e privação do uso dos espaços por parte dos cidadãos de um bem público
  • Promove, apenas durante a semana, a integração com a natureza, restringindo o uso sustentável dos espaços verdes e a prática de atividades físicas, podendo gerar conflitos com espaços de ensino, pesquisa e extensão.
  • Privilégio de acesso ao conteúdo científico.
  • Impedimento de tráfego de sistema de transporte público urbano inclusive Metrô. 
  • Cerceamento das atividades de extensão ligadas ao acervo cultural do Campus. 
  • Burocratização de acesso aos eventos e bens culturais e criação de acesso restrito ao HU, ODONTO, IP e HVET nos finais de semana
  • Limita a interação entre diferentes grupos ao restringir o uso flexível dos espaços, reduzindo a inovação e o dinamismo do Campus​
  • Desperdício de espaço privilegiado para a educação ambiental

CENÁRIO 3 - Perímetro de todo o Campus aberto ao público externo

  1. O perímetro total do Campus é aberto para a cidade, mas as portarias devem ser mantidas para fechamento nos horários noturnos e de recesso.  
  2. Definir um ponto de encontro de roteiros para atividades assistidas de visitas a reservas florestais, Museus, Edifícios de valor arquitetônico e caminhadas etnobotânicas.
  3. Garantir acesso ao HU, ao HVet, ao IPEN por novo acesso P4 ou pelo P3 mesmo em horários noturnos e de recesso. 
  4. Expandir das áreas de convivência e de apoio ao esporte ao longo dos caminhos e maciços verdes especialmente junto à Av. Professor Mello Moraes.
  5. Aumentar áreas vegetadas e restringir construções na várzea, área sujeita a alagamentos onde as SbNs devem ser reforçadas.
  6. Promover educação ambiental, com trilhas interpretativas, roteiros de caminhos que explorem o acervo ambiental, jardins sensoriais, para oferecer experiência interativa, acessível, conscientização ambiental e a conservação, inclusive dos cursos d’ água.
  7. Projetar sinalizações específicas (com Braille, etc), guias, QRCode em diálogo com o Projeto de Comunicação do Campus.

PONTOS PRÓ

  • Acesso irrestrito ao acervo Campus Parque e Paisagem Cultural

PONTOS CONTRA

  • Dificulta a proteção dos usuários e frequentadores dos locais de risco e dificulta a segurança patrimonial.
  • Dificulta a gestão do Perímetro total do Campus como Campus Parque.
  • Gera conflito com usos e horários acadêmicos
  • Gera conflitos de horário e ruído com residentes.

DIRETRIZ 4C - PAISAGEM CULTURAL

 Promover e aprimorar Circuito de Museus, Arte, Arquitetura, Cultura e Acervo Científico, bem como valorizar o acervo cultural do Campus fortalecendo o conceito de Paisagem Cultural junto com o Campus Parque

JUSTIFICATIVA

  • O Campus possui um conjunto de espaços museográficos que é significativo. 
  • Há um reconhecimento, por parte da comunidade, dos valores patrimoniais arquitetônico, urbanísticos e culturais do Campus que podem ser compartilhados para toda a cidade. 
  • A existência de um potencial de bens materiais, acervos científicos e de arte, edifícios, como bens imateriais, shows, espetáculos, atividades recreativas e esportivas a serem compartilhados na extensão da dimensão da cidadania e do conhecimento produzido pela universidade pública.

CENÁRIO 1 - Circuito cultural voltado à cidade

  1. Incrementar o Giro Cultural aos Museus 
  2. Promover circuito do patrimônio CPC
  3. Promover Circuito Museu a céu aberto das esculturas e edifícios de valor arquitetônico
  4. Organizar e difundir Eventos culturais Teatro/ Orquestra, Cinusp, shows, eventos musicais em teatros e ao ar livre.
  5. Organizar Visita guiada aos circuitos ambientais.
  6. Aprimorar o aplicativo APP de roteiro cultural com programação de todos os eventos.
  7. Implementar Gestão do funcionamento dos equipamentos, horário, capacidade e atendimentos
  8. fortalecer a divulgação do serviço e dos espaços.
  9. Concentrar na revitalização dos espaços culturais existentes, sem expansão significativa.

PONTOS PRÓ

  • Promove maior integração cultural e educacional, atraindo tanto a comunidade acadêmica quanto o público externo.  
  • Difunde a colaboração da universidade pública com a educação cultural e a cidadania
  • Valoriza o acervo cultural existente do Campus
  • Insere o acervo cultural do Campus no circuito de eventos da cidade
  • Promove a revitalização dos espaços culturais do Campus

PONTOS CONTRA

  • Dificuldades de logística e de segurança de público, especialmente em eventos de grande porte​.  
  • Necessidade de ampliação de equipe e gestão dos espaços destinados à visitação

CENÁRIO 2 Circuito cultural voltado à comunidade USP

  1. Planejar atividades com o acervo cultural voltadas à comunidade USPiana  
  2. Melhor o circuito cultural (Giro Cultural aos Museus, circuito do patrimônio CPC, Circuito Museu a céu aberto das esculturas e edifícios de valor arquitetônico, circuitos ambientais) com eventos regulares e itinerantes que envolvam a comunidade USP .
  3. Organizar e difundir Eventos culturais Teatro/ Orquestra, Cinusp, show, eventos musicais em teatros e ao ar livre, para a comunidade USP prioritariamente.
  4. Organizar Visita guiada aos circuitos ambientais para a comunidade USP prioritariamente.
  5. Aprimorar o aplicativo APP de roteiro cultural com programação de todos os eventos junto aos APP da Comunidade USP.
  6. Implementar Gestão do funcionamento dos equipamentos, horario, capacidade e atendimentos
  7. Fortalecer a divulgação do serviço e dos espaços para a comunidade USP.
  8. Concentrar na revitalização dos espaços culturais existentes, sem expansão significativa e com garantia de acessibilidade universal

PONTOS PRÓ

  • Preserva a qualidade dos espaços já existentes em relação ao grande público, garantindo um uso mais controlado e sustentável.

PONTOS CONTRA

  • Limita o alcance e a capacidade de atração dos espaços culturais no Campus
  • Redução do impacto cultural e educacional​ do acervo cultural do Campus da universidade pública em relação à cidade e seus cidadãos.
  • Exclui o público em geral do acesso aos eventos no Campus